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Nota do SINTUFAL perante calúnias de “Fake News”

Nota do SINTUFAL perante calúnias de “Fake News”

A atual conjuntura é marcada por uma intensa ofensiva neoliberal sobre os direitos dos/as trabalhadores/as. Para tanto, além de um governo ilegítimo que aplica um programa político rejeitado nas urnas, de um Congresso comprado por emendas parlamentares e outros favores, a grande burguesia e seus aliados se valem do controle da informação para tentar confundir e apassivar a nós, trabalhadores/as, tentando nos convencer que o seu projeto antissocial é a única saída para crise capitalista.

Uma nova ferramenta tem se destacado na atualidade para lograr êxito nessa tentativa de manipulação do povo: a “Fake News” (notícia falsa). Através da divulgação massiva de notícias falsas e de calúnias, o objetivo é influenciar a opinião pública. Essa política tem sido amplamente utilizada por grupos conservadores e de ultradireita (fonte: http://www.valor.com.br/internacional/5311355/ultradireita-lidera-fake-news-nas-redes). Como exemplos, vale citar o uso realizado a favor da eleição de Trump nos Estados Unidos, e, aqui no Brasil, nos deparamos com MBL defendo a sua “legitimidade” (Fonte: “Grupos direitistas difundem ‘fake news’ para criticar combate do Facebook às ‘fake news’” https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/18/actualidad/1526600912_648575.html).

A degeneração moral que representa a tática da mentira e das calúnias como instrumentos de disputa política saíram dos corredores da UFAL e ganharam as redes sociais através de uma agência de “Fake News” sugestivamente denominada “UFAL News”. A crise política, social e econômica que caracteriza a conjuntura em que nos encontramos no Brasil e no Mundo, tem levado a exacerbação de todos os conflitos, inclusive as disputas políticas dentro das Universidades. As universidades sempre foram palco de intensa luta entre projetos distintos de sociedade e de educação. Em âmbito nacional, os rumos da Educação são disputados, cotidianamente, pelos grandes interesses econômicos atuando sobre o MEC, o Congresso e todas as instituições relacionadas às Universidades. Associadas a tais interesses hegemônicos, estão às oligarquias regionais e seus grupos de interesse encrustados na instituição, que disputam a vida cotidiana das Universidades nas mais diversas formas, algumas mais legítimas, outras, como as “Fake News”, deploráveis.

Essa “agência” de falsas notícias, covardemente escondida sob o anonimato, é especialista em criar factoides sobre a UFAL. Sem apresentar positivamente sequer algum projeto para a Universidade, seu objetivo principal é tentar, de forma despolitizada e desonesta, desacreditar a atual gestão da UFAL. Entram também em sua mira todos os setores progressistas da UFAL que, por algum motivo, estejam em conflito com seus interesses. No último dia 24 deste mês, foi a vez do SINTUFAL ser caluniado mais uma vez por esse setor que faz política nas sombras. Já havíamos sido atacados em 30 de abril, quando esse site estava tentando, de forma oportunista e politiqueira, se aproveitar da crise de Segurança na Universidade.

Responderemos aos absurdos propalados contra o SINTUFAL ao passo que fazemos um chamado a todos os/as trabalhadores/as da UFAL a repudiarem essas notícias falsas e esses métodos da pequena política de fofocas e mentiras.

1ª MENTIRA: “o sindicato tem fechado as portas para seus representados em benefício da atual gestão, gerando enorme descontentamento e aumento de sindicalizados que pedem baixa em seus registros. Evitamos pormenorizar, neste momento, alguns desses casos para que aqueles que tenham sido oprimidos pelas ações persecutórias do sindicato e da gestão da Universidade não sejam identificados e continuem sendo assediados moralmente”.

 

Na impossibilidade de provar essa grave mentira, os caluniadores apelam para o absurdo de dizer que se limitam a soltar essa gravíssima acusação sem provas para evitar que continuem os assédios morais em que o Sindicato seria parte. Desafiamos a esses caluniadores a provar essa acusação criminosa. Quem acusa tem que provar! O SINTUFAL tem acompanhado diversos casos individuais e coletivos, relacionados às mais diversas questões, inclusive assédio moral, ligados a diversas instâncias da UFAL. Em todos eles atuamos dentro dos nossos princípios sindicais, na defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as e nos marcos do nosso projeto de Universidade Cidadã, formulado pela nossa categoria, nacionalmente, através da FASUBRA. Essa acusação descabida só prova a falta de seriedade e credibilidade deste site.

 

2ª MENTIRA: “O Sintufal não tem autonomia frente à Reitoria”.

Uma boa mentira, por vezes, se apoia em meias verdades para tentar ganhar aparência de veracidade. É sabido que a maioria dos membros da atual gestão do sindicato foram apoiadores da Chapa da Valéria Correia na eleição reitoral que ocorreu cinco meses antes da eleição da atual direção do SINTUFAL. Além disso, não houve de fato no atual mandato nenhum acontecimento que gerasse algum conflito grande entre o SINTUFAL e a atual gestão. Contudo, nada disso é sinal de que perdemos a autonomia. Outras gestões já passaram sem terem conflitos diretos com a Reitoria e isso nunca foi critério para afirmar que o Sindicato perdeu sua autonomia. Essa acusação, extremamente, grave também não passa na prova dos fatos. A prática é o critério da verdade, portanto, para demonstrar sua tese, a “UFAL News” deve dizer quais medidas de ataque contra a nossa base não foram respondidas pronta e proporcionalmente pelo SINTUFAL. Contudo, para sustentar sua mentira, precisam ocultar que estivemos nas principais lutas do último período e, contrariando a tendência conjuntural de perda de direitos, conseguimos duas vitórias muito importantes com a nossa categoria: a consolidação interna da jornada de 30h na UFAL e a paridade entre os segmentos nas eleições para Unidades Acadêmicas. Nas duas greves que ocorreram no período, conseguimos fechar um acordo que se tornou referência nacional, dando segurança para não haver corte de ponto ao passo que não tivemos que repor as horas paradas (fato esse que se deu em diversas universidades).

Convidamos os representantes do “UFAL News” e os seus prepostos a saírem das sombras do anonimato e apresentarem suas acusações e seus argumentos na nossa próxima assembleia. Se o “UFAL News” afirma que “Há muitos relatos de que os representantes do sindicato nos diversos comitês institucionais têm cedido em pontos muito importantes para a categoria”, deveria citar e provar pelo menos um!

 

3ª MENTIRA: “porta-voz das manobras do Governo Federal”

Essa mentira está na casa das sandices. Primeiramente, eles deveriam explicar como seríamos ao mesmo tempo porta-voz do Governo Federal e da Reitoria da UFAL, sendo que essa já se posicionou diversas vezes em contraposição ao Governo Temer. São de conhecimento público as diferenças políticas e ideológicas entre a gestão da UFAL e o atual governo. Aliás, diferenças não somente da gestão, como do próprio Conselho Universitário (Consuni), que aprovou diversas notas em defesa da democracia e contra as políticas de retirada de direitos e de cortes no orçamento público.

Desde o golpe jurídico-parlamentar de 2016, temos nos colocado frontalmente contra o Governo Temer e estivemos na primeira linha de todas as mobilizações contra as nefastas reformas desse governo. Portanto, seria no mínimo curioso termos nos tornado “porta-voz das manobras do Governo Federal”. Nossas posições são públicas e conhecidas, assim como todas as nossas ações a respeito. Como de praxe, o “UFAL News” não tem como provar mais esta acusação.

 

4ª MENTIRA: “o SINTUFAL sempre conseguiu pressionar a gestão universitária a expandir a flexibilização de horário a todos os ambientes da universidade, bastando que esses perfizessem 12 horas ininterruptas de trabalho. Agora, Davi e Evilazio concordam com a reitora ao afirmarem que essa flexibilização vale somente setores com funcionamento ininterrupto ou com atendimento ao público. Importante lembrar que a o discurso de 30 horas para todos foi promessa de campanha de Valéria Correia e agora cai por terra não por anúncio dela, mas por informe do próprio sindicato abrindo mão dessa disputa, ficando a reitora livre para mudar os horários de todos os servidores”.

A conquista das 30 horas e sua consolidação na UFAL tem sido uma grande luta da nossa categoria desde a greve nacional de 2011. Nós demos continuidade a esse trabalho e conseguimos participar de uma vitória muito importante que foi a aprovação da Resolução 53/2017 do Consuni. Essa foi uma de nossas prioridades desde que assumimos a gestão. Fomos parte de todo o processo de construção da Resolução e atuamos decisivamente para que a mesma fosse aprovada no Consuni. No presente momento, estamos participando, conforme previsto na aludida Resolução, da Comissão Permanente da Jornada de Trabalho Flexibilizada atuando no mesmo sentido: pelo avanço e consolidação das 30 horas na UFAL. Ao contrário do que afirma esse “Fake News”, nossa posição continua a mesma: garantir a regularização de todos os trabalhadores que já fazem a jornada flexibilizada e a adaptação dos setores que ainda não atendem os requisitos legais para que também possam fazer às 30 horas com toda segurança jurídica que necessitam. E foi exatamente isso que foi dito pela direção do SINTUFAL em Assembleia, que contou com a participação de mais de 100 trabalhadores. Nenhum diretor do nosso sindicato se pronunciou ou agiu diferente da nossa posição acima explicitada. Entretanto, mais uma vez, o “UFAL News” carece de “argumento” para acusar o contrário.

O “UFAL News” sequer sabe sobre que está falando. Afirma que o sindicato está abrindo mão da disputa das 30 horas “ficando a reitora livre para mudar os horários de todos os servidores”. Ora, isso não é nem competência da Reitora. Se o site tivesse lido ao menos a Resolução 53/2017 saberia que a formalização das 30 horas para os servidores em qualquer setor é realizada a partir de um plano formulado em conjunto pelos servidores do setor e o superior imediato. No atual contexto, já temos diversas ameaças reais a manutenção das 30 horas, que é uma conquista histórica da nossa categoria. Se o “UFAL News” tivesse algum compromisso com essa bandeira histórica dos técnico-administrativos, não ficaria inventando esse tipo de factóide, de falsa ameaça quando estamos em um cenário de ameaças efetivas, através da instrumentalização dos órgãos de controle pelo Governo e os planos de Temer em destruir nossa carreira. De nosso lado, continuamos atuantes na defesa e ampliação das 30 horas na UFAL, lutando contra os obstáculos reais (que não são poucos) para a manutenção da jornada flexibilizada na UFAL.

 

5ª MENTIRA: “o sindicato também abre mão da disputa da implantação do controle eletrônico de ponto”

Na última Assembleia da nossa categoria, no dia 23 deste mês, cumprimos nosso papel de informar a categoria acerca dos assuntos de seu interesse. Entre eles está o problema do ponto eletrônico.

No dia 27 de abril participamos de uma reunião com a Reitoria,  em que a mesma informou que: o Governo federal já está em fase de preparação de um sistema de controle eletrônico de frequência (denominado SISREF) para ser aplicado às Universidades Federais e seus Hospitais. De outro lado, sem relação direta com essa iniciativa do Governo Federal, a CGU (Controladoria Geral da União) exigiu da Reitoria a apresentação de uma proposta, em 120 dias, de implantação do controle eletrônico da frequência no âmbito da UFAL. Ou seja, há paralelamente dois movimentos em direção à implantação do ponto eletrônico para os técnicos da UFAL: um processo nacional vindo diretamente do MPDG (Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão – antigo MPOG) e, outro, que diz respeito à fiscalização da CGU no âmbito local da UFAL. Na reunião com a Reitora, afirmamos, categoricamente, que somos contrários ao ponto eletrônico, pois: o objetivo principal do Governo é usar esse ponto para cortar o salário dos trabalhadores em greve, que não há qualquer relação entre ganho de produtividade e qualidade dos serviços com o ponto eletrônico, que o ponto eletrônico é prejudicial ao trabalho cotidiano e que nossa intenção é resistir, portanto, sequer iriamos iniciar, neste momento, qualquer discussão acerca do formato do ponto eletrônico que está sendo proposto para UFAL. Esse foi o conteúdo do nosso informe em Assembleia. Dissemos também que estamos buscando fazer um Seminário sobre o tema para conscientizar a categoria sobre essa ameaça do controle eletrônico.

Esse tema continuará a ser discutido em nossa próxima assembleia, quando o “UFAL News” poderá justificar essa falsa afirmação de que o SINTUFAL está apoiando a implantação do ponto eletrônico.

 

Diante de tantas mentiras, de tantos ataques injustos e desonestos, chamamos todos os/as trabalhadores/as da UFAL, entidades da sociedade civil, movimentos sociais, etc, a rechaçar esse “UFAL News”. Pois não passa de mais “Fake News”: uma verdadeira “milícia virtual” de difusão notícias falsas, que, diante de seus objetivos inconfessáveis, mantém-se agindo no anonimato. Aproveitam-se da boa-fé das pessoas para tentar incutir a confusão de informações e a desconfiança entre nós. Representa uma tentativa de fragilizar a organização dos técnicos da UFAL, pois quanto mais desorganizados e desorientados por essas mentiras, mais frágeis ficamos enquanto categoria que luta pelos seus direitos.

Muitas críticas podem e devem ser feitas a atual direção do Sintufal. Não é nosso objetivo aqui fazer um balanço dos nossos acertos e erros. As críticas sérias e fundadas, por mais duras que sejam, devem ser apresentadas e discutidas. Contudo, seja quem apoia a atual direção, seja quem tenha todas as críticas, devemos de conjunto condenar a mentira e a calúnia.

Trata-se aqui da defesa do SINTUFAL enquanto uma entidade que vai muito além da sua Diretoria eleita. O SINTUFAL é uma entidade do movimento dos trabalhadores de UFAL, no qual atuam legitimamente as oposições a atual diretoria. Conhecemos todas as nossas oposições, as suas ideias e os seus indivíduos. São todos legítimos. Nossas diferenças são disputadas democraticamente em eleições, assembleias, congressos, etc. A nosso ver, quando temos oposições sérias e atuantes, a entidade em geral se fortalece. Contudo, o que vem do “UFAL News” não pode ser classificado meramente como parte da oposição a gestão atual do SINTUFAL. São na realidade parte de um projeto sinistro (pois sequer são capazes de assinar suas “ideias”) contra a Universidade e qualquer entidade que se interponha aos seus objetivos inconfessos. Neste sentido, acreditamos que todas as oposições a atual Direção do SINTUFAL também devem manifestar seu repúdio a esse e qualquer tipo de “Fake News”. Como forma de demonstração de repúdio a esse veículo de ataque a entidade SINTUFAL, convidamos todas as oposições a nos manifestarmos conjuntamente na nossa próxima assembleia (30/05). Esse gesto será importante para delimitarmos perante toda a categoria o que não pode ser aceitável no âmbito da luta política, independente das nossas diferenças e convicções.

Unidos com e pelos trabalhadores continuaremos enfrentando todos os ataques aos nossos direitos e nos manteremos organizados frente a qualquer tentativa de desestabilização de nosso Sindicato. Meios indignos conduzem a fins deploráveis. Nossa luta é justa e nossos métodos são honrados.

 

 

29 de Maio de 2018

Direção do SINTUFAL

 

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