O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) vem a público expressar sua profunda preocupação e repúdio diante do severo arrocho financeiro promovido pelo Governo Federal, que tem atingido de forma direta e devastadora a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e todas as Instituições Federais de Ensino Superior do país.
Durante a última reunião do Conselho Universitário (Consuni), realizada na terça-feira, dia 13, ficou evidente que a atual situação financeira imposta pelo governo compromete seriamente o funcionamento da nossa universidade. Essa crise reflete, de maneira clara, o aprofundamento das políticas neoliberais implementadas após a aprovação da Emenda Constitucional 95/2016, que instituiu o Teto de Gastos, restringindo drasticamente os recursos destinados à educação pública.
Apesar das tentativas de resistência por parte das representações dos trabalhadores brasileiros, especialmente dos sindicatos, e de esforços para reverter esse quadro, as mudanças promovidas pelo Novo Arcabouço Fiscal (EC 126/2022 e Lei Complementar 200/2023) pouco alteraram esse cenário de escassez. Pelo contrário, agravaram ainda mais a crise, dificultando a execução orçamentária e restringindo a autonomia das instituições.
A situação atual da Ufal é crítica e sem precedentes. Os recursos disponíveis estão no limite, ameaçando o pagamento de contratos essenciais e a manutenção das atividades acadêmicas. Caso essa situação persista, há o risco real de suspensão de atividades até o final de setembro, colocando em xeque o funcionamento da universidade e o futuro de estudantes, professores e toda a comunidade acadêmica. É imprescindível que o Governo Federal compreenda que, sem recursos adequados, o funcionamento das instituições federais de ensino pode simplesmente parar.
Diante desse cenário, é urgente a liberação imediata de recursos suficientes para garantir a continuidade das atividades da Ufal. Além disso, é fundamental a revogação dos Decretos nº 12.416 e 12.448, que dificultam a execução orçamentária, restringem a autonomia das universidades e colocam em risco ações essenciais para o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão.
O momento é de grande gravidade, mas o Sintufal reafirma seu compromisso inabalável na defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Seguiremos firmes, mobilizados e atuantes na pressão por mudanças que garantam o funcionamento digno da nossa universidade. A nossa luta é diária, e não vamos recuar!
Maceió, 16 de maio de 2025
Diretoria Executiva Colegiada do Sintufal